quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brasil investe 80% menos em educação do que países da OCDE

Um relatório dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre o ensino fundamental mostra que o Brasil investe um quinto do que investe os demais países membros do grupo.

Fazem parte da OCDE 33 países entre eles Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Noruega, Reino Unido, Estados Unidos, Chile, México e Japão.

Segundo a publicação, o Brasil investe em média, US$ 19.516 por estudante do fundamental em todo o ciclo, contra uma média de US$ 94.589 dos países membros da OCDE.

Para o levantamento é levado em consideração os salários de professores, capacitações de aprendizagem, materiais e instalações de ensino e o número de estudantes matriculados.

A situação da educação no Brasil é lastimável. Os oito anos de gerência do PSDB de FHC com o sistemático corte de verbas na educação pública, seguido da gerência do PT que manteve a mesma política foi um atentado à educação pública.

A cada dia se deteriora os serviços prestados à maioria pobre da população. As verbas que deveriam sustentar a educação pública são desviadas para os capitalistas do ensino privado. Este desvio ocorre através de subsídios, isenção de impostos e outros mecanismos criados para isso.

Além do financiamento de bancos como foi visto em todos os países com a crise financeira mundial. Como resultado dessa política ocorre a deterioração e o retrocesso nas áreas sociais.

Um dos resultados desde pequeno investimento na educação, em especial da faixa que vai do ensino fundamental ao médio, é a baixa qualidade que não prepara os estudantes para o ensino superior nem atuar profissionalmente. Uma das medidas mais criminosas adotadas pelo governo no ensino fundamental é a chamada “aprovação automática”, para cortar gastos com a permanência do aluno na escola, ainda que ele não saiba nada.

Estes dados sobre o investimento em educação devem piorar no próximo período. Assim como os países europeus já estão colocando em prática, o FMI anunciou que o próximo governo brasileiro deve promover um plano de austeridade. Este golpe contra a população consiste em restringir ainda mais a verba utilizada para diversas áreas sociais, inclusive a educação.

Este plano deve ser barrado com a mobilização da classe trabalhadora e das massasa poluares, única via capaz de evitar um colapso completo da educação pública no País.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ABAIXO A FARSA ELEITORAL!

A FARSA ELEITORAL E A LUTA DE CLASSES

A farsa eleitoral do monopartidismo tem no plano nacional Mrs. Dilma Roussef e Sir. José Serra disputando o posto de Gerente do velho Estado burocrático das classes reacionárias serviçais do imperialismo. Aquele que oferecer mais segurança aos inimigos e opressores do povo será guindado à Gerência, como tivemos nos últimos 16 anos de socialdemocracia (8 do PSDB e 8 do PT). Só uma força capaz de controlar um grande conjunto das massas do povo interessa assumir o gerenciamento dos projetos da grande burguesia, dos latifundiários e do imperialismo.
Na atualidade essa força é o PT e Mrs. Dilma Roussef, unida com a caterva de revisionistas do PCdoB, PSB, PDT e os “movimentos sociais” cooptados, “centrais sindicais”, “UNE”, “UBES”, e as oligarquias regionais. Já são 8 anos de serviço sujo, cumprido pelo operário padrão do FMI, Luiz Inácio, como gerente, devidamente ministrado e assessorado por latifundiários, banqueiros, grandes burgueses, pelegos, pseudo intelectuais e representantes de movimentos sociais e sindicais amarelos. O resultado disso é um processo de cunho fascista de controle das massas onde a polícia política dos oportunistas, facilitada pela máquina de cooptação do Estado, e a polícia armada do aparato de repressão do mesmo Estado se juntam operando as mais repugnantes ações de repressão contra o povo: assistencialismo, farsa eleitoral, repressão, violência e corrupção policial. Contrastando com os “avanços sociais” apregoados pelos agentes do oportunismo, os problemas sociais só se agravam: em todo o país faltam habitação, hospitais e escolas públicas de qualidade para o povo. Ademais, a violência contra o povo só aumenta. São mais de 40 mil assassinatos por anos no Brasil. Só a região metropolitana de Curitiba já ultrapassou 30 homicídios por final de semana. No campo a violência contra os camponeses pobres sem terra e com pouca terra também aumentou no gerenciamento de Luiz Inácio. De acordo com dados da CPT, houve um aumento do número de camponeses assassinados pelo latifúndio e suas milícias armadas durante a gerência de Luiz Inácio, em comparação com a de FHC. Intensifica-se a luta de classes no campo. O movimento classista dos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra segue organizando massas de camponeses, tomando terras e repartindo-as para quem delas necessitam para trabalhar e viver; levanta a bandeira da revolução agrária como base da revolução de nova democracia ininterrupta ao socialismo. As classes reacionárias e o seu Estado se armam contra o povo. Com elas os oportunistas e revisionistas levantam as bandeiras da “paz”, da “democracia”, dos “direitos humanos” e das “eleições”. O monopartidismo expressa a ideologia e o projeto de sociedade das classes reacionárias e dos oportunistas e revisionistas. O monopartidismo é formado por dezenas de siglas envolvidas na farsa eleitoral entre as que estão registradas nos cartórios eleitorais e as que atuam sob “útero de aluguel” daquelas e são chamados “partidos”, “tendências” ou “correntes”. O classismo verdadeiro deve travar uma luta sem trégua contra as classes reacionárias e todos os opressores do povo e os instrumentos criados por eles para manejar o poder, como o processo eleitoral. No combate aos inimigos do povo os movimentos classistas conclamam o povo a NÃO VOTAR e a SE ORGANIZAR E LUTAR CONTRA OS SEUS INIMIGOS. Vamos organizar os Comitês Populares contra a Farsa eleitoral. O povo tem o direito a não votar. O povo quer terra, quer trabalho, não quer eleição! Rebelar-se é justo! Eleição Não! Revolução Sim!


O CLASSISMO CONTRA AS ELEIÇÕES BURGUESAS.

Há mais de um século os operários ingleses iniciaram uma grande luta pelo direito ao voto. O movimento Cartista entregou em 1838 a Carta do Povo com mais de 1 milhão de assinaturas ao parlamento inglês com tal reivindicação, cuja a resposta imediata foi negativa. Neste momento a burguesia temia a perda do controle sobre o operariado se estes viessem a eleger representantes seus no parlamento. Com o passar do tempo, o crescente movimento operário utilizando-se de formas radicais de luta tais como greves, ocupações e destruições de fábricas, barricadas, faz a burguesia industrial tremer. Sentindo a ameaça revolucionária batendo às portas sente a necessidade de frear o movimento, a repressão já não conseguia mais conter as rebeliões, era muita gente para matar, espancar e prender. Diante disto sagazmente articulam seu plano para conter a rebelião antes que esta se transformasse em revolução, entre o pacote de medidas concedidas aos trabalhadores pela burguesia está o direito a votar e ser votado.
Diversos revolucionários da época já alertavam para o estrago que esta medida causaria à luta proletária caso não fosse entendida em seu contexto. No final do século XIX, Lênin, ao combater
o oportunismo do Partido Comunista Alemão liderado por Karl Kautsky, que advogava a tese do eleitoralismo como a arma que havia superado a luta revolucionária, afirma que “A essência de toda doutrina de Marx e de Engels é a necessidade de inculcar sistematicamente nas massas essa idéia da revolução violenta. É a omissão dessa propaganda, dessa agitação, que marca com mais relevo a traição doutrinária das tendências chauvinistas e kautskistas” (LÉNIN, O renegado Kautsky, 2007, p.38-39). Este alerta de Lênin está hoje mais vivo que nunca, dois séculos de engodo eleitoral certamente serviu para demonstrar a concretude e a veracidade desta afirmação. O governo de Luiz Inácio e do PT, desde 2002, apenas comprova mais uma vez o que Lênin já dissera no século passado.
Nós do Movimento classista de Trabalhadores da educação não temos nenhuma ilusão com as eleições, mesmo que alguns candidatos argumentem que sua candidatura é apenas um meio para denunciar o capitalismo e propagandear o comunismo, estes não deixam de ser colaboradores ingênuos deste jogo burguês. Dizem defender o socialismo ou comunismo, que somente a revolução pode acabar com as injustiças do país, mas pedem o voto do povo para fazer tal mudança, ou seja, aceitam o jogo de cartas marcadas que a burguesia lhes permite jogar, aliás, a burguesia precisa deles para legitimar seu jogo.
Defendemos uma mudança completa no Estado, a substituição deste pelo Estado proletário e temos clareza que somente a revolução vinda das massas pode garantir esta mudança. Para nós todo Estado é um Estado de classe e no caso do atual Estado, capitalista conforme já nos alertou Marx e Engels, “não passa de um comitê para administrar os negócios da burguesia”. Nesta perspectiva todos os candidatos e partidos que se lançam nesta disputa estão ou se propondo a ser gerentes deste Estado, ou legitimando a gerência dos que entrarem.
Se contrapondo a esta farsa nós, que defendemos o classismo como princípio, não almejamos outra forma de transformação social que não a luta direta e organizada pelos trabalhadores. A história nos mostrou que este é o caminho único pelo qual milhões de trabalhadores passaram e tiveram vitórias importantes, só para dar alguns exemplos basta lembrar da Rússia em 1917, na China em 1949, em cuba em 1959, no Vietnã em 1965. Em contrapartida, em outros países cujos seus dirigentes pseudo comunistas ludibriaram o povo com a farsa eleitoral jamais obtiveram qualquer vitória, como exemplo a Alemanha do Renegado Kautsky e a Itália dos anos 1920. Nestes dois países o resultado do abandono da luta revolucionária foram o fascismo e o nazismo, regimes que destroçaram o movimento operário daquela época.
O MOCLATE se propõe a atuar junto a todas as organizações classistas de fato, que não se deixaram cooptar pelo canto da sereia das eleições. Nosso compromisso é com uma educação proletária
que consiga unificar a teoria e a prática tanto no campo técnico quanto no campo político. Sabemos, no entanto que isto não se dará neste Estado capitalista-imperialista que está a serviço das corporações financeiras e do latifúndio.
Nós trabalhadores da educação pública e nossos alunos somos vítimas deste Estado que tenta a todo custo nos fazer acreditar e inculcar em nossos alunos a importância de votar como único instrumento capaz de melhorar nossas condições de vida. Não temos nenhuma ilusão com qualquer mudança educacional sem a destruição deste Estado. Não abrimos mão de resistir e denunciar o atual Estado criminoso que age conjuntamente com a grande burguesia e o latifúndio para massacrar o povo pobre de nosso país.
. Conclamamos a todos os educadores sérios e honestos a se juntar a nós na luta contra o oportunismo. Precisamos ir além dos muros da escola se queremos de fato mudar a educação. Os problemas que enfrentamos em nosso dia a dia não está na escola, está na condição miserável em que este Estado imperialista-burguês-latifundiário impõe ao povo, pais e mães de nossos alunos. Empenhemo-nos em denunciar a farsa eleitoral, busquemos organizar escolas populares em conjunto com movimentos de massas no campo ou na cidade, não tenhamos medo de defender uma nova sociedade onde tudo esteja sob o controle dos trabalhadores e onde a burguesia e demais classes parasitárias sejam extirpadas. Este deve ser nosso projeto histórico se de fato queremos nos realizar enquanto educadores e superar a fatigante rotina e sobrecarga de trabalho que nos impõe este Estado e seus gerentes.

ANULE SEU VOTO! LUTE PELA TRANSFORMAÇÃO RADICAL DA SOCIEDADE!